quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mundo cristão de olhos postos em Moscovo

A eleição que decorre hoje e nos próximos dias definirá o futuro da Igreja Ortodoxa Russa, e por isso interessa a toda o universo cristão.Vêm de mais de 60 países e representam uma enorme variedade de raças e etnias. Incluem clérigos e leigos, académicos, médicos, homens de negócio e até actores. Alguns, como o Metropolita Daniel de Tóquio, nem falam russo. O perfil dos mais de 700 delegados reflecte uma Igreja que está intimamente ligada à pátria russa, mas que extravasa as suas fronteiras.
Estes homens e mulheres têm nas suas mãos a responsabilidade de escolher o próximo patriarca da Igreja Ortodoxa Russa. Em teoria, os delegados poderão nomear os seus próprios candidatos, mas à partida a sua escolha será limitada aos três líderes religiosos que foram oficialmente seleccionados pelo sínodo que acabou ontem.
Os nomes desses três candidatos já eram esperados. Em primeiro lugar surge o Metropolita Kiril de Smolensk e Kaliningrado, de 62 anos, actualmente a ocupar o posto de Patriarca interino.
Tendo recebido 97 dos 198 votos do sínodo, Kiril é uma das figuras mais conhecidas da Igreja Russa. Foi apresentador de um programa da televisão sobre assuntos religiosos, chamado Palavras do Pastor, durante quase 20 anos.
Mas um dos principais trunfos de Kiril poderá também ser visto como uma fraqueza. Tendo dirigido o departamento de relações externas da Igreja durante quase duas décadas, o metropolita é muito conhecido no estrangeiro e tem relações estreitas com outros líderes cristãos. É visto pela Igreja Católica como o candidato ideal para melhorar as difíceis relações entre as duas instituições.

Renascença

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