terça-feira, 27 de maio de 2008

A Igreja Católica Confessou - Juanribe Pagliarin

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Pegue o evangelho e abra na carta que o apóstolo Paulo escreveu a Tito, capítulo 3 a partir do versículo 4. A carta que Paulo escreve a Tito, que era também um jovem como Timóteo; um jovem muito útil ao ministério de Paulo, que trabalhou com o apóstolo na Ilha de Creta. O apóstolo Paulo escreve esta pequena carta e aqui tem uma passagem sublime. Anote sempre às margens da Bíblia. Aqui está escrito assim: “Mas quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente lhe derramou sobre nós, por Jesus Cristo o nosso Salvador, para que sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna”.
Senhor nosso Deus e nosso Pai, o seu evangelho será pregado agora. Milhares e milhares de pessoas terão acesso a esta palavra através do rádio, da internet...mas eu quero que o Senhor fale com cada pessoa em particular. E que a sua Palavra vá e produza o resultado para o qual está sendo mandada, em nome do Senhor Jesus. Amém.
Acompanhe comigo uma notícia que foi publicada na Folha de São Paulo, que fala de uma reconciliação entre católicos e protestantes. Uma questão que dividiu as igrejas durante muitos séculos. Elas já se reuniam há muitos anos estudando esses assuntos. Aqueles pontos divergentes entre a igreja católica e os protestantes chegaram a um acordo. Eu faço questão de dizer a você sobre o que diz a notícia. Resumidamente, aqui fala que os protestantes acreditam “nisso” e os católicos acreditam “nisso”. Protestantes: só aceitam dois sacramentos – batismo e eucaristia, ou santa ceia --; cultuam apenas a santíssima trindade – Pai, Filho e Espírito Santo --; não aceitam o celibato clerical como obrigatório; as igrejas são independentes entre si; possuem igrejas que, inclusive, ordenam mulheres; admitem o divórcio e os métodos anticoncepcionais não-naturais e toleram até o aborto em determinadas circunstâncias. Católicos: segundo a notícia, acreditam em sete sacramentos – batismo (inclusive batismo de bebê), crisma ou confirmação, eucaristia, confissão, unção dos enfermos, ordem e matrimônio --; além da santíssima trindade, eles cultuam os santos e a virgem Maria; com relação aos sacerdotes, é obrigatório o celibato clerical; submetem-se à autoridade do Papa, a quem consideram infalível; ordenam somente homens no sacerdócio; rejeitam o divórcio e também os métodos anticoncepcionais não-naturais e proíbem o aborto.
Mas a questão que mais dividiu católicos e protestantes diz respeito à salvação. A matéria é muito interessante. Ela fala que essa longa separação entrará em acordo. Então, vamos ler alguns trechos que falam dessa divisão entre católicos e protestantes e que ocorreu principalmente no século XVI, quando o Martinho Lutero, que era um monge, se rebelou contra o Papa Leão X que pretendia reformar a igreja do Vaticano, a basílica de São Pedro, e bolou um jeito para conseguir dinheiro. O Papa começou a vender perdão. Os ricos pagavam por perdões, inclusive, com permissão antecipada para pecar. Era só ter dinheiro e o Papa Leão X vendia perdão. Ele vendia com diploma, que os ricos colocavam em casa em troca de altas somas de dinheiro para o Vaticano. Mas o Martinho Lutero, que era um monge agostiniano, se rebelou contra isso e pregou na igreja da Alemanha 95 teses que eram um protesto. Portanto, os católicos defendiam que para atingir a salvação os fiéis deveriam praticar boas obras, ou melhor, entregarem-se às ações solidárias e respeitar um cem números de ritos – orações repetitivas, donativos, peregrinações, jejum, adoração de relíquias e etc. A salvação dependeria do mérito de cada católico, quem fizesse mais obras de caridades, somaria mais pontos no céu. A matéria continua dizendo: “tal doutrina acabou gerando uma série de abusos, como a venda de indulgências – venda de perdão – em troca de recursos para a reconstrução da basílica de São Pedro, em Roma, o Papa Leão X oferecia a remissão total ou parcial das penas que o doador do dinheiro iria sofrer na Terra ou no purgatório por ter cometido pecados. As 95 teses de Lutero questionavam as vendas de perdão, lançando mão de palavreado firme, direto, o que as tornavam bastante compreensíveis perante leigos. Lutero as afixou em 1517 diante da igreja do Castelo de Wiitenberg, na Alemanha. Daqueles escritos brotava uma nova doutrina: a de que a salvação, ou justificação, deriva da graça divina e não das obras humanas”. Interessante, a Folha fala tudo isso. “Para o monge alemão Deus se revelava muitíssimo generoso, salvava os fiéis gratuitamente, por amor, e sem exigir nenhuma contrapartida. Os cristãos que desejassem alcançar os perdões dos pecados e se justificarem, necessitavam somente da sua fé; suas obras não influenciariam. Deus não os coagiriam. O monge Lutero costumava contar que formulara a doutrina com base na carta de São Paulo aos Romanos. Uma frase do texto bíblico lhe chamava especialmente atenção: “o justo viverá pela fé”. Em janeiro de 1521, Leão X excomungou Lutero. No decorrer dos séculos, as duas igrejas trocaram violentas acusações. Católicos tachavam os luteranos de omissos, diziam que se mostravam omissos diante do sofrimento alheio por não acreditarem nas boas ações. Luteranos, em resposta, insistiam que os católicos duvidavam da graça de Deus, porque impunham condições humanas para a salvação. Foi há menos de quatro décadas que as distâncias começaram a diminuir. Em 1967 criou-se a Comissão Mista Internacional Católica-Luterana, que desde então, se reúne periodicamente para analisar pendências teológicas. Há 2 anos o grupo finalizou declaração que deverá ser assinada. Trata-se do primeiro documento, entre os muitos produzidos pela comissão, que receberá o aval tanto do Vaticano como o de representantes Luteranos”. Atenção para como a notícia termina: “Com o acordo, ambas as partes passam a professar que a salvação decorrer da graça de Deus e não das boas obras”. Este é o acordo: católicos e protestantes agora vão professar isto. Mas como assim? Os protestantes nunca professaram outra coisa.

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